sábado, 27 de março de 2010

O fantástico mundo das calopsitas

Tão bonita quanto uma ave exótica, a calopsita tem outros pontos a seu favor. Possui uma beleza estonteante, destacada ainda mais pela crista ereta e a plumagem de cores diferentes. Originárias da Austrália, essa ave foi descrita cientificamente pela primeira vez em 1792, mas só começou a fazer parte dos aviários europeus em 1884. Só que demorou um pouco mais para ganhar o gosto popular e se expandir; foi em 1949 com o surgimento da primeira mutação, na cor arlequim (parte das penas em cinza e amarelo claro, cabeça amarelo forte, bochechas vermelhas e cristas amarela), na Califórnia. Pelo fato de ter origem australiana, a Calopsita é uma ave apta a sobreviver em lugares áridos e possui uma resistência muito forte para voar por quilômetros à procura de água.







Ela torna-se ainda mais atraente por seu tamanho médio, de cerca de 30 cm, e grande facilidade para ser tratada. Esta ave come pouco, reproduz-se com facilidade e não é destruidora e, o melhor de tudo, vive bastante, em média vinte anos. Devido ao seu temperamento pacífico ela pode compor viveiros com várias outras espécies, inclusive pássaros de porte menor, uma característica incomum à minoria das aves. As qualidades vão além; não incomoda a vizinhança por não ser barulhenta e pode trazer alegrias adicionais, como falar e assobiar, é claro, que quando ensinadas. Mas não é difícil domesticar esta ave e muito menos ensina-la, pois ela aprende a assobiar músicas com muita facilidade.







Na natureza, esta ave costuma alimentar-se no chão de sementes, frutos e insetos, diferentemente dos outros psitacídeos que preferem o topo das árvores. Em cativeiro deve ser alimentada com sementes de girassol, aveia, painço, alpiste, arroz com casca e frutas. Já a sua reprodução na natureza acontece em épocas de chuvas, quando os alimentos são mais abundantes. Em cativeiro, a reprodução ocorre durante o ano todo a partir de 12 meses. Ela põe de 4 a 7 ovos que devem ser incubados de 17 a 22 dias, recomenda-se separar os filhotes dos pais com 8 semanas de vida.







Vale lembrar que apesar de ser um reprodutora nata, aconselha-se a tirar duas ou três ninhadas por ano, bastando retirar o ninho para impedir que ela reproduza. Não podemos deixar de destacar as cores deste belíssimo pássaro, as mais comuns são, além de arlequim, canela - cor cinza substituída pelo marrom; pérola - faces amarelas salpicadas de cinza, crista amarela riscada de cinza, penas das costas variando do branco ao amarelo, cauda amarela e peito e barriga listrados de amarelo e cinza; lutino – cor predominante branca com olhos e bochechas vermelhas e crista e cabeça amarelos; cara branca – macho com cabeça branca, crista cinza e bordas das asas brancas e face interior de cauda com estrias pretas e brancas; fulvo – olhos vermelho, corpo canela pálido com difusão de amarelo suave e face amarelo forte; e as mais raras prata recessivo – olhos vermelhos e corpo prateado e prata dominante – olhos pretos, face e crista amarelos forte e bochechas vermelhas.







Existem outras cores decorrentes da fixação de mutações feitas pelos criadores; a maioria surgiu nos últimos 15 anos, algumas mais recentes dificilmente são encontradas para a comercialização.



Enfim, as Calopsita são dotadas de um excelente personalidade, pois são alegres e estão sempre bem dispostas a fazer companhia.

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